terça-feira, 30 de setembro de 2008

desenredo em conta-gotas
















perdoe-se.
aceita sua condição deserta inóspita para honrar regar as plantas em conta-gotas. nó desenrola-se às lágrimas em rolo de lã aumentado, na torção de braços e pernas em preparação para o desequilíbrio. valoriza o desequilíbrio como momento de loucura - desvia. e aguenta em tronco. desabará como que por serra elétrica: a reprovação é força de vontade rasgada. cíclica no eterno retorno desatado em sina. a condição de ser o que se é e o desespero de enxergar-se de fora com olhos de consciência alheia, escamoteada em enredo com princípio, meio e fim. "cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é".

foto: fernando de noronha, 2006

Um comentário:

pat werner disse...

gostei muito!

me encontro em conta-gotas nesse desenredo e te encontro.

belo título.

beijo

p.s. finalização à la caê ta demais.